Eu sabia que esta coisa de se ser poeta, pode ser muitas coisas.
Há dias fiquei a saber que não era só o meu professor de português, desengonçado e balofo, que gostava de espalhar na sala de aulas a frase de que todas as mulheres são bonitas, armado em poeta. Pobre homem, que não sabia diferenciar um poeta de um mentiroso.
Assisti ao mesmo "filme", há alguns dias. Sorri pela lata do "poeta" que espalhava a mesma frase, talvez desta vez com um segundo interesse. Sim, podia andar em busca de alguma feia, que fosse dona de uma beleza interior estonteante...
Pensei que uma das coisas mais difíceis de definir, é de facto, o que é ser poeta. Acho que isso acontece por que há mais que uma forma de ser poeta e de escrever poesia.
E claro que não estou a pensar nos fulanos que insistem em não tomar banho e não mudar de roupa durante longas temporadas. Isso transforma-os mais em "porcos" que em poetas.
A poesia é quase sempre um jogo de palavras, e somos melhor ou piores poetas, pela nossa capacidade de de lhe oferecermos novos significados e significandos (sim, também há algo de matemático no jogo...), "amarrotando-as" ou "embelezando-as", fazendo com que sejam, pelo menos, uma coisa diferente, capaz de furar a banalidade dos nossos dias.
E sim, o poeta é capaz de ver, o que mais ninguém vê, e depois fazer a sua descrição...
(Fotografia de Paolo Bossi)
«O poeta é um fingidor»... O poeta é um vate - dizia o meu professore de Teoria da Literatura, o poeta Tomaz Kim, nos idos de 60...
ResponderEliminarBeijinhos poéticos...
O poeta é quase o que ele quiser, Graça. :)
EliminarEsqueci-me de dizer: gosto especialmente da imagem. Obrigada.
ResponderEliminarTambém gosto, muito, Graça.:)
Eliminar