Talvez algumas pessoas experimentem palavras como "tristeza", "nojo" ou até "horror", quando descobrem casas, armazéns ou até monumentos, abandonados, destruídos e vandalizados.
Eu nem por isso. Desde a infância que gosto de me aventurar pelo interior de quintas ou casas abandonadas, atrás do mistério e das histórias que estas encerram...
E há sempre peripécias que ficam...
Devia ter menos de dez anos quando entrei pela primeira vez na "Quinta da Boneca", mesmo ao lado da Mata da Rainha, nas Caldas da Rainha, juntamente com o grupo de amigos do meu irmão (todos mais velhos que eu...). Fizemos (com toda a certeza...) demasiado barulho dentro da casa e fomos descobertos por um guarda diligente (com a marca do Estado Novo...), que além de nos ameaçar com a polícia, correu atrás de nós com uma forquilha nas mãos. Só parámos de correr mais de um quilómetro depois...
Já adultos, eu e o meu irmão, aventurámos-nos pelo interior do Convento de Frades abandonado das Gaeiras (felizmente recuperado pelo Município de Óbidos...). Foi uma aventura e pêras para entrarmos no seu interior, que na época ainda conservava vários vestígios do seu período religioso (mobiliário, estátuas - demasiado grandes para serem transportadas - e até pinturas semi-destruídas...). Ficámos deliciados a percorrer todo aquele interior.
A surpresa estava guardada para o final.
Quando chegámos ao local onde tínhamos deixado as nossas bicicletas, meio escondidas, elas tinham desaparecido, como se tivéssemos sido vítimas de um "castigo divino".
Procurámos nos arredores, em vão. Já nas Caldas, o meu irmão lembrou-se de passar pela PSP. E lembrou-se em boa hora. Lá estavam elas à nossa espera. Parece que alguém passou de camioneta de caixa aberta e ao pensar que estavam abandonadas, pegou nelas e entregou-as no posto da polícia...
É também por este fascínio que tenho deixado por aqui estas últimas fotografias...
(Fotografia de Luís Eme)
grandes aventuras...:)
ResponderEliminarPodes crer, Maria. :)
EliminarFixe.
ResponderEliminarMenos mal que não foi nenhum larápio.
ResponderEliminarUm abraço e bom Carnaval.
Pois, ficamos bastante aliviados, Elvira. :)
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