quarta-feira, fevereiro 14, 2018

Quando a Literatura era Masculina...


O desaparecimento de Natália Nunes, fez com que pensasse na sua generosidade, pois foi mais uma escritora que se deixou secundar pelo talento do marido, o poeta António Gedeão. Poderia falar também de Maria Judite de Carvalho, que ofereceu quase todo o palco literário a Urbano Tavares Rodrigues. Haverá mais alguns casos, praticamente todos com o mesmo final... num tempo em não era apenas a rua que pertencia aos homens.

Sim, embora a literatura fosse do género feminino, as mulheres quase que serviam apenas de "decoração", numa sociedade masculina e machista.

Felizmente hoje as coisas  são diferentes, o talento é muito mais importante que o género, em quase todas as áreas da sociedade (talvez a política continue a ser a área menos receptiva à mudança...). 

(Óleo de Louis Buisseret)

8 comentários:

  1. Luís, não sei se foram elas que se deixaram secundar ou se foi a sociedade que dava primazia aos homens e, portanto, isso só lhes aconteceu, sem que houvesse vontade.

    Também penso que o talento é mais importante do que o sexo, daí não me rever nadinha na cena das quotas.

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    1. Devem ter sido as duas coisas, Isabel.

      Embora perceba que em alguns casos as quotas tenham de existir (na política por exemplo...), são sempre redutoras...

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  2. " se foi a sociedade que dava primazia aos homens" O problema está em saber se havia razões para isso. Se sim quais?

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  3. É uma grande verdade. Talvez por isso fiquei tão surpreendida ontem ao descobrir um escritor brasileiro que assinou toda a sua obra como sendo uma mulher.
    Solange Rech
    Um abraço

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    1. Se calhar por querer fazer parte da "minoria", Elvira. :)

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