Hoje dei por mim a pensar que as crónicas do quotidiano (é quase o que escrevo aqui...) não pertencem à família da ficção, quando muito são uns primos de segundo ou terceiro grau.
Para escrever aqui preciso de andar pelo mundo, escutar o barulho do metro que dá cor às vozes das pessoas que povoam as ruas (nestes dias menos, porque o frio com vento torna tudo mais agreste...), olhar as pessoas, com mais ou menos beleza, que se cruzam comigo... e principalmente, agarrar uma palavra ou uma frase, que se solta, apenas por que sim...
A ficção muitas vezes alimenta-se do silêncio, e inspira-se em coisas estranhas que estão dentro dos livros e dos filmes.
(Fotografia de Luís Eme)
Luís, eu bem que me parecia que qualquer escrita, excepto a técnica, tem sempre algo de autobiográfico.
ResponderEliminarTem sempre, basta nascer de dentro de nós, Isabel. :)
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