São quatro mulheres, todas com idade para serem minhas mães. Se as quiser encontrar basta passar de manhã pelo "meu café".
Cada uma delas continua a valer pelo menos três páginas de jornal, tais são as novidades que trocam sobre o que se passa nas suas ruas e também na rua dos outros. Têm uma particularidade que as une e transforma quase em editoras: sabem mais da vida dos outros que da sua própria vida.
Infelizmente as suas páginas cada vez têm mais notícias de necrologia. Sei que preferiam o tempo em que ofereciam na primeira página a "fotografia" da amante de qualquer "bom rapaz" que viram crescer, porque como uma boa parte das mulheres antigas, acham que são sempre "elas" que fazem e desfazem lares.
Hoje lembrei-me que se ainda fossem a tempo de ter "facebook", eram meninas para se tornarem-se rainhas dos "likes".
Foi também por isso que pensei que o género de conversa que sempre cultivaram, aproxima-se mais das "revistas cor de rosa" (coitadas no seu tempo só existiam a "Crónica Feminina" e a Plateia"...) e das "redes sociais", que do mundo dos jornais...
(Óleo de Armando Barrios)
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