Achei estranha a posição televisiva que Marcelo Rebelo Sousa tomou hoje à tarde, de mediador entre o Teatro do Bairro Alto e o Ministério da Cultura, como se os problemas que se arrastam há anos, pudessem ser resolver em minutos...
Por muito que o governo quisesse passar ao lado de mais esta questão, não teve qualquer hipótese. E o pior de tudo, foi o ministro da Cultura me parecer mais vitima que réu, em todo este processo, quando foi confrontado com Marcelo...
É preciso percebermos que esta "morte anunciada" do Teatro da Cornucópia é mais complicada do que parece, porque também significa o fim de um ciclo na sua direcção, devido aos problemas de saúde do seu director, Luís Miguel Cintra.
Por outro lado não estou a ver o Luís Miguel e todos os elementos que fazem parte da sua companhia teatral, a aceitarem qualquer tipo de tratamento de excepção. O que eles querem sim, é que se olhe para a Cultura em geral e para o Teatro em particular, com olhos de ver, e se deixe de uma vez por todas de fugir dos problemas e se dê o mínimo de dignidade aos agentes culturais deste país.
E isso não se resolve com as aparições marcelistas na pele de "super-herói" ou de "salvador da pátria", por um dia ou uma hora, a vida é muito mais que isso.
Pensava que ele já tinha percebido que a televisão não é o mundo real, até por ter sido um "actor político" durante longos anos...
(Fotografia de autor desconhecido - de um presidente que "mete mais água" do que parece devido à sua aparente simpatia e simplicidade)
(Fotografia de autor desconhecido - de um presidente que "mete mais água" do que parece devido à sua aparente simpatia e simplicidade)
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