Ontem ao almoço tive conhecimento de um drama, que deve ser mais comum do que se pensa no nosso país. Mas como andamos quase todos distraídos com as redes que dizem ser sociais, o mundo real começa a passar-nos ao lado...
Um homem com pouco mais de cinquenta anos colocou termo à vida, provavelmente sem mais forças para lutar contra os inúmeros problemas que lhe surgiam todos os dias, graças ao flagelo do desemprego prolongado.
Desistiu porque se devia sentir um estorvo, até para a própria família, da qual deve ter sido durante anos e anos o principal sustento.
Optou por dar um grito de revolta, surdo, que no mínimo deve fazer pensar todos aqueles que o conheciam de perto e que andaram demasiado tempo distraídos...
(Fotografia de Bror Johansson)
Gosto muito desta fotografia.
ResponderEliminarLuís, que o desemprego é um problema preocupante, é. Como sabes, estabelecer uma relação de causalidade entre um problema (este ou outro) e a prática do suicídio pode ser perigoso. Calculo que a alusão tenha sido a de fazer notar o problema.
Não vejo qualquer problema em fazer esta ligação, Isabel.
EliminarNeste caso particular foi o desemprego que contribuiu para toda uma vida se desmoronar...
Há pessoas mais frágeis que outras, embora eu pense que o suicídio não é um acto de cobardia.
Verdadeiramente doloroso!! Lembro-me tantas vezes de um miúdo de dez anos que andou lá pela "minha" escola e que se portava muito mal nas aulas. Vinha de castigo para o CD para junto de mim. E um dia disse-me: «Ninguém me quer! A minha m~e está com o namorado e o meu pai está lá com a namorada...» E ele, pobrezinho, sentia-se um estorvo, uma coisa a mais...
ResponderEliminarNunca me esqueci dele.
provavelmente será sempre uma pessoa marcada por essa infância, sem amor próprio, Graça...
Eliminarhá sempre paraíso oculto atrás de mil portas....
ResponderEliminarbeijo
Mas às vezes entra-se na porta errada, Margoh...
Eliminardramas que nos passam ao lado
ResponderEliminarmas tantos dramas escondidos que nem fazemos ideia
muito desolador
:(
Muitos só sabemos deles, tarde demais, Piedade...
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