Sei que sou um pouco conservador no campo das artes.
Talvez essa seja a explicação maior - entre outras limitações pessoais no campo da linguagem estética, compreensíveis - para o facto de eu não entender a "arte-espelho" (esta designação é pessoal, foi a melhor imagem que me saiu da cabeça...), que no nosso país tem como protagonistas maiores Helena Almeida e Jorge Molder.
Não entendo nem consigo valorizar artisticamente esta arte em que somos autores e protagonistas em simultâneo...
Muito menos me convence a frase da Helena Almeida: «A minha obra é o meu corpo, o meu corpo é a minha obra», ainda que seja verdade, neste caso particular...
(Fotografia de Helena Almeida)
Luís, transpondo para a literatura: como vês as autobiografias?
ResponderEliminarVejo como algo diferente, Isabel.
EliminarÉ um espelho que não se reflecte apenas no rosto do escritor mas em toda a sua vida. Conta factos e fala de pessoas que se cruzaram com ele, positiva ou negativamente. E normalmente é escrita por quem viveu muito e sente necessidade de contar e esclarecer algumas questões, que nunca foram abordadas com a sua verdade...
Se quiseres, é um jogo com muito mais espelhos, mais rostos, mais vidas...