Irrita-me que um supermercado continue a abrir as portas no Dia do Trabalhador, acenando com promoções de metade do preço a um povo, que continua refém de uma economia capitalista, que acha que é com ordenados baixos e trabalho precário que vamos lá.
Mas depois passeio pelas Caldas da Rainha e vejo a Praça da Fruta cheia de gente (vendedores e compradores...) e fico sem saber o que pensar. Embora estes vendedores trabalhem por conta própria e aproveitem o fluxo turístico do domingo (quer também foi o Dia da Mãe, um bom dia para as floristas, porque é sempre bonito oferecer flores...), para colmatar os dias de menor movimento.
E nem vou falar dos restaurantes, das filas intermináveis em Cacilhas, de gente que esperou quase duas horas para almoçar...
É então que me lembro, estupidamente, que o Primeiro de Maio nunca foi para todos...
(Fotografia de Luís Eme)
(Lembro-me tão bem desse sítio!)
ResponderEliminarLuís, os dias disto e daquilo são cada vez mais o gozo de mais um feriado e / ou o alimento da economia capitalista.
É muito raro presentear os meus com coisas materiais nas "datas feitas."
Restrinjo-me ao aniversário e a quando encontro algo que me fez lembrar a pessoa. Dar por atacado não é para mim. Nem gosto que o façam comigo.
Pois são, Isabel.
EliminarE a vida não é igual para todos, daí que existam tantas cedências...
Luís,
ResponderEliminarde certa forma, para esses vendedores que estavam a trabalhar no Mercado da Fruta, no Dia mundialmente estipulado para celebrar o Trabalhador, também beneficiavam dessa mais-valia do dia ter calhado a um Domingo em que se homenageava a Mulher/Mãe.
A vida lá tem as suas compensações...E as celebrações de estômago vazio não agradam nem sequer aos celebrados!!
O lirismo é lindo, mas de barriga cheia!
Um abraço!
Claro que sim, Janita.
EliminarE acabam por ser "trabalhadores-patrões", podem escolher a parte que mais lhes convém, sem os tais lirismos. :)
E cada vez é para menos....
ResponderEliminarAs grandes superfícies são muito culpadas, já sabemos que aproveitam o 1º de Maio para fazerem descontos de 50%. E o pessoal, princípio de mês, vai ao cheio e daqui a duas semanas não tem dinheiro para comer...
É muito triste, enfim, é fruto dos dias...
Beijinho, Luís.
Mas é muito triste mesmo, Maria.
EliminarAs pessoas perderam valores essenciais, como a solidariedade.
Apesar da pobreza evidente em muitos lares, o egoísmo e o cinismo vencem hoje em quase todas as frentes, muito graças às mudanças sociais que se verificaram durante os dez anos de cavaquismo.
Este ano não foi uma marca de super. este ano todos estiveram abertos, pelo menos aqui na zona. Por outro lado em Lisboa, onde sempre passo o dia 1º de Maio, havia várias lojas abertas.
ResponderEliminarEu nunca faria compras neste dia, a menos que fosse um medicamento que tivesse absoluta necessidade. Ofereçam eles os descontos que quiserem.
Abraço e bom fim de semana
Também não faço compras neste dia, Elvira.
EliminarÉ um desrespeito pelos trabalhadores.