Às vezes penso que Fernando Pessoa (e todos os seus lados bons...) foi das pessoas que melhor entendeu os humanos.
Talvez fosse por isso que se refugiasse no mundo secreto das palavras e das bebidas que prometem levar-nos por aí de viagem.
Foi sobretudo um observador.
E o que ele pôde observar durante a Primeira República... com os múltiplos exemplos da gente que passou o tempo a alimentar golpes e tumultos, deitando fora o pior que tinham dentro de si, capazes de dizer uma coisa hoje e outra amanhã, completamente diferente...
Talvez por isso Fernando tenha sido também tanta gente dentro de um corpo só. Foi a forma que escolheu para tentar ir mais fundo na complexidade humana, vestindo a pele de gente distinta.
E percebeu melhor que ninguém, as razões de cometermos os mesmos erros mais que três vezes...
(Fotografia de Luís Eme)
E vai ser cada vez mais complexo, à medida que nos formos tornando mais indecisos.
ResponderEliminarNão sei se diria, indecisos, Carla.
EliminarRespeita-se pouco a diferença. E todos temos direito a ser o que somos.
Não consigo perceber porque razão nos tornamos mais complexos...
Mais de três vezes? Não é demais?
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Não, Elvira.
EliminarÁs vezes até parece que gostamos de cometer erros...
andas a tirar umas fotografias bem janotas :)
ResponderEliminarNem te vou falar desta, Laura.
Eliminar(foi ela que disparou a máquina, com os meus dedos...) :)
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ResponderEliminarFernando Pessoa tinha muito de psicólogo...
Como bem afirmou, era uma psicologia empírica baseada na
atenta observação do comportamento das pessoas e traçado
do seu perfil e carácter.
Se nos déssemos a tal paciente tarefa, evitávamos muitos
atritos, pois as relações humanas são deveras complicadas.
Este tempo desespera, mas que seja um bom fim de semana...
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Pois tinha, Majo.
EliminarE sim, aprendemos muito a olhar os outros.