quarta-feira, novembro 05, 2014

Somos um País de Ditadores e de Gente à Procura do Pai e da Mãe, em Todo o Lado


Nunca lhe disseram que a liberdade era outra coisa. Ou se disseram, ele fingiu que não ouviu.

O Carlos quando era mais inocente pensava que quem tinha tido a experiência de viver em ditadura, gostava mais de liberdade. Quando cresceu mais de um palmo percebeu que estava errado e quem costumava dar "vivas" a Salazar era gente com idade suficiente para ter juízo.

É por isso que aquele Zézinho não o espanta. Ele é mais um, com alma de "ditador", que apesar de já estar cheio de cabelos brancos, continua a insistir com o "mundo", para girar à sua volta. Embora este lhe troque as voltas, finge que sem ele o "mundo" acaba já amanhã...

E pior ainda, insiste com os outros, para o seguirem, que ele é que está certo. Surpresa ou não, quase todos se calam, dizem, para evitar problemas. E o ditador vai inchando e desfigurando tudo o que o cerca. Pena não ser um sapo. Sempre podia acabar por rebentar...

Embora sejamos doutro "reino", custa-nos encarar esta triste realidade. Mas não seremos nós a partir um dos "pés" da cadeira do Zézinho. 

Sabemos que não gostamos de ditadores e que ele não se senta à nossa mesa (nem mesmo para a célebre caldeirada...). Mas ficamos tristes, por sentirmos que há tanta gente à procura de um pai e de uma mãe, por todo o lado.

O Carlos insiste que o nosso país é melhor para os ditadores que África ou América Latina, que aqui sim, podem aspirar à "eternidade"...

Desta vez já nem sequer conseguimos sorrir. Precisamos muito de uma anedota do Gui, ausente com justificação no país da Dilma.

2 comentários:

  1. Infelizmente há muitos Carlos como esse por aí!! Continuamos a gostar de ser submissos e de ser mandados a chicote. Por isso temos o presidente que temos e o "governo" que temos... Muito triste!

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  2. é mais o Zézinho, Graça.

    o Carlos é um bacano. :)

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