Uma manhã destas a minha filha quis falar dos sonhos, esses "pilantras" que se escondem, mal ela abre os olhos, debaixo do travesseiro, do colchão ou noutro lugar qualquer.
Quase me me limitei a sorrir, por saber que os sonhos são um mistério para todos nós, independentemente da idade que possamos ter. E ainda bem que é assim, pois é sinal que ainda permanece alguma magia no ar...
Claro que depois fui obrigado a jogar ao seu jogo de palavras, ao ponto de chamarmos medrosos aos sonhos, que nos dão a sensação de fugir da realidade a sete pés, como se tivessem medo da "vidinha", essa mesmo, que fingimos que recomeça todas as manhãs, mas apenas se repete...
Até que ela resolveu acabar com a conversa, com esta frase lapidar: «já percebi, os sonhos vivem num mundo à parte.»
Acho que sim, ninguém melhor que ela para simplificar uma conversa que ameaçava complicar-se.
O óleo é de Henrik Uldalen.
A chamada "Terra dos Sonhos"! :)
ResponderEliminarFoi uma belíssima conclusão!
Abraço
também achei, Rosa. :)
EliminarÀs vezes as crianças simplificam aquilo que para nós é uma complicação.
ResponderEliminarUm abraço
quase sempre, Elvira. :)
EliminarOs miúdos e a sua admirável singeleza! Quem nos dera! Depois crescemos e complicamos tudo!
ResponderEliminarBeijinhos para ela(s).
por isso é que devemos ter tantas saudades da infância, Graça...
Eliminarpor vezes os miúdos complicam, ela simplificou e bem.
ResponderEliminarmas, que seria de nós sem os sonhos (os nossos) são tá bons....
beijinho
:)
acho que nós complicamos muito mais, Piedade. :)
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