quinta-feira, agosto 07, 2014

O Comboio Descendente


As viagens de comboio são sempre um acontecimento, mesmo que nestes tempos modernos se tenha perdido a liberdade de abrir uma janela, de sentir o vento no rosto, ao mesmo tempo que nos esvoaçava os cabelos.

A única coisa que se mantém intacta, é o não cumprimento de horários. Continua a ser o comboio descendente dos poemas-canções, fazendo questão de chegar a horas incertas, para desespero de quem nos espera na estação e de quem utiliza com frequência este transporte que dança com os carris.

O último exemplo que tive foi quando fui para o Sul no "intercidades". E pior ainda quando tive de mudar de comboio e apanhar o regional na direcção do Sotavento, que até me pareceu andar devagar devagarinho, propositadamente, para que a viagem se prolongasse no tempo.

É por isso que bom bom, é não termos ninguém à nossa espera, aparecermos de surpresa, mesmo que isso aconteça quase fora de horas, tal como nos filmes pretos de homens solitários...

4 comentários:

  1. Gostei! Transporte para frear a pressa das vidas de hoje em dia!
    Bom fim de semana! :)

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  2. Mesmo assim, adoro andar de comboio! Faz parte do meu imaginário infantil, juvenil, etc e tal...

    Boas férias!

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  3. foi real, Rovênia.

    mas já não há comboios como antigamente.

    aliás, haver há, na India no Chile e arredores...

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  4. eu faz de conta que adoro, Graça. :)

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