Quem como eu, cresceu por Abril adentro, só consegue retratar o país, através dos relatos de amigos e conhecidos.
Foi o que aconteceu hoje no café, quando perguntei ao meu companheiro de mesa, como eram as "tertúlias de café" em Almada, antes de Abril. Ele começou por dizer «que não eram», ou seja, não havia o hábito de se falar de tudo como nos nossos dias. As pessoas tinham a noção exacta do que podiam e não podiam dizer, todos percebiam que não se vivia em liberdade.
Claro que existia uma elite que se reunia nos cafés, mas com direito mais que reservado na mesa.
Onde se falava à vontade era nas colectividades, na Incrível, na Academia, na Cooperativa Piedense, etecetera, mesmo que se tivesse a companhia dos "bufos", mais ou menos conhecidos...
Era mesmo outro país, outro tempo...
O óleo é de Vladimir Sorin.
Confirmo.
ResponderEliminarE...foi precisamente na biblioteca da Incrível que aprendi a ler nas entrelinhas o que se escrevia no República do Rego e o Comércio do Funchal onde entre outros escrevia o Vicente Jorge Silva.
Bom domingo.
boa semana, Carlos.
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