Na verdade, não há chaves, caminhos, muito menos mapas...
Durante as nossas vidas são poucas as pessoas, que nos conhecem verdadeiramente, que adivinham o nosso passo seguinte, e mesmo assim, com algumas incertezas...
Acho que as pessoas que nos conhecem melhor são aqueles que nos viram nascer, crescer e ficarmos gente grande, os nossos pais e irmãos.
Em casos especiais, encontramos amigos na infância, que ficam para a vida toda, mesmo que apareçam umas montanhas e uns mares, pelo meio, que também conhecem muito daquilo que somos.
O mais curioso, é que as pessoas com quem um dia resolvemos partilhar a nossa vida, nem sempre conseguem entrar dentro de nós, desta forma. Porquê? Talvez por vivermos num tempo diferente, nem sempre percorrido com interioridade.
Partilhamos muitas outras coisas, não menos importantes, como os filhos, mas há portas que parecem, ter ficado fechadas dentro de nós, vá-se lá saber porquê...
A fotografia é do mestre Henri Cartier-Bresson, de uma das ruas de Nova Iorque, em 1947.