Na verdade, não há chaves, caminhos, muito menos mapas...
Durante as nossas vidas são poucas as pessoas, que nos conhecem verdadeiramente, que adivinham o nosso passo seguinte, e mesmo assim, com algumas incertezas...
Acho que as pessoas que nos conhecem melhor são aqueles que nos viram nascer, crescer e ficarmos gente grande, os nossos pais e irmãos.
Em casos especiais, encontramos amigos na infância, que ficam para a vida toda, mesmo que apareçam umas montanhas e uns mares, pelo meio, que também conhecem muito daquilo que somos.
O mais curioso, é que as pessoas com quem um dia resolvemos partilhar a nossa vida, nem sempre conseguem entrar dentro de nós, desta forma. Porquê? Talvez por vivermos num tempo diferente, nem sempre percorrido com interioridade.
Partilhamos muitas outras coisas, não menos importantes, como os filhos, mas há portas que parecem, ter ficado fechadas dentro de nós, vá-se lá saber porquê...
A fotografia é do mestre Henri Cartier-Bresson, de uma das ruas de Nova Iorque, em 1947.
Talvez seja essa a razão, Luís, talvez...
ResponderEliminara vida tem montes de labirintos por onde nos vamos perdendo, muitas vezes na procura de uma porta que não existe...
há sempre o recurso de trepar paredes. :)
um abraço
maré
Porquê? Talvez porque cada pessoa tem o seu ritmo, o seu passo de percorrer o caminho, depois, depois à caminhos comuns, ou não, e ficam portas por abrir, não só lá fora, como dentro de nós, onde de facto é mais difícil entrar, um desafio constante...
ResponderEliminarBeijos, Luís M.
gostei muito de te ler, luís. já conhecia esta fotografia que tão bem reflecte a nossa solidão. um grande beijinho.
ResponderEliminarInteressante.
ResponderEliminarJá tinha feito essa pergunta. Quem são, de facto, os nossos amigos? O que eu espero deles e eles de mim? Até que ponto eles nos preenchem?
Agora, que estamos sózinhos, lá isso é verdade.
Olá Luis!
ResponderEliminarVim ver-te e matar saudades...
Deparo-me com um texto fantástico, verdadeiro.
é assim mesmo. há tanta coisa que se partilha por casa, mas nem sempre o mais importante. há barreiras que não são visiveis mas esbarramos nelas constantemente 8eu que o diga...)
Os amigos de verdade, de infância, falo dos meus, com esses falo de tudo, esses conhecem-me.
Os meus irmãos conhecem mais ou menos, já que fui criada com os meus avós.
A única pessoa que conhecia o meu avesso era o meu avô.
Desculpa o testamento. talvez vontade de escrever e o tema bateu bem cá dentro...
Beijo sempre meu.
(Ninguém foi o nome que escolhi para o meu blog desabitado...)
saudades e aquele abraço.
a solidão desta sociedade é imensa. mas podemos combater a sombra. com a luz que desconhecemos e que teimamos em esconder.
ResponderEliminare que está nos nossos dedos e bem cá dentro do corpo.
um abraço
jorge
Luís,
ResponderEliminarÉ só para te dizer que acabo de fechar o blog e que gostei de te conhecer.
Um grande abraço.
E não precisamos de nos perder de vista. Trocámos os nossos contactos...
excelente!!!!!!
ResponderEliminarbeijo.
Lindo texto, rapaz! E, ai, acho que todos te percebem bem, talvez bem demais, que nem apetece pensar. Chega a um certo ponto que é tocar pra frente, sem pensar muito, ou então, tocar pa outro lado. Mas, nem sempre é possível.
ResponderEliminarMas o que nos salva são os amigos, as palavras, e o mar. Pode até ser um rio, grande como o Tejo, meu querido guardador.
A foto por muito bem escolhida. E eu tb ando nessa mesma chuva que tu, e estou voltando às palavras que salvam. Anda lá ver.
Beijo carinhoso
Visto por outro prima não será interessante que os outros não nos adivinhem completamente? Pelo menos a maior parte das pessoas...Qto às outras, as mais chegadas/o nosso amor, penso que tb fará parte ao romance algum toque de imprevisibilidade e mistério.
ResponderEliminar__Apesar do que disse entendo onde queres chegar. Há momemtos em que tudo se conjuga para vermos aquela pessoa com lentes especiais.
a vida também é isso, Maré...
ResponderEliminarpois, a vida é um desafio, M. Maria Maio...
ResponderEliminarpois reflete, Alice...
ResponderEliminarsobra a compreensão infinita de um gato (na foto, claro)...
pois, reflexões que fazem mais sentido hoje, pelos caminhos que nos leva esta sociedade, Carlos...
ResponderEliminarque bom encontrar-te de novo, "ninguém"...
ResponderEliminaré tudo demasiado estranho e confuso, nestes tempos...
podemos e devemos, Jorge...
ResponderEliminarpois não, Berta-Helena...
ResponderEliminarvai aparecendo.
obrigado, Isabel.
ResponderEliminaracho bem, Lóri "ausente"...
ResponderEliminarhá sempre olhares diferentes e singulares sobre tudo o que nos rodeia, Vague...
ResponderEliminaré é isso que faz com que o mundo avance...