Lisboa há vinte cinco anos atrás era uma cidade tão diferente...
Houve transformações extremamente positivas. A maior talvez tenha sido o fim dos vários bairros de lata que cercavam a Capital em quase todas as direcções, e que eram um flagelo social.
O Município pode ter falhado em muitos aspectos – e falhou... -, mas pelo menos, pode se orgulhar de ter conseguiu oferecer melhores condições de vida e mais dignidade, a milhares de pessoas, que viviam nestes “guetos” quase como animais, sem as condições mínimas de habitabilidade.
Embora só tenha conhecido esta realidade de relance - quando passava por perto, de comboio, autocarro ou automóvel – arrepiava-me saber que havia milhares de crianças que cresciam sem um tecto decente, muitas vezes em condições de promiscuidade, que as acabavam por marcar para o resto das suas vidas...
Houve transformações extremamente positivas. A maior talvez tenha sido o fim dos vários bairros de lata que cercavam a Capital em quase todas as direcções, e que eram um flagelo social.
O Município pode ter falhado em muitos aspectos – e falhou... -, mas pelo menos, pode se orgulhar de ter conseguiu oferecer melhores condições de vida e mais dignidade, a milhares de pessoas, que viviam nestes “guetos” quase como animais, sem as condições mínimas de habitabilidade.
Embora só tenha conhecido esta realidade de relance - quando passava por perto, de comboio, autocarro ou automóvel – arrepiava-me saber que havia milhares de crianças que cresciam sem um tecto decente, muitas vezes em condições de promiscuidade, que as acabavam por marcar para o resto das suas vidas...
A fotografia que ilustra este pequeno texto faz parte do Album de Eduardo Gageiro, "Lisboa no Cais da Memória", e retrata o Bairro Chinês da Marvila, em 1968.
Que linda fotografia.
ResponderEliminarTambém me lembro dessas misérias, bem à vista de toda a gente.
Logo à saída do aeroporto era um corrupio de barracas.
Nem tudo é mau, Luís, felizmente.
Misérias esquecidas... e em parte, ainda bem, Alice.
ResponderEliminarA foto do Gageiro é lindíssima.
ResponderEliminarE o bairro de lata que havia entre Benfica e Algés, ao longo da estrada que a carreira 50 fazia? (já não me lembro do nome do bairro de lata, o que é bom sinal...)
E todos os outros que foram sendo desmantelados?
Penso que o realojamento destas famílias é um dos saldos positivos em termos autárquicos...
Lembro-me bem desse bairro... e dessa carreira, Maria, que demorava uma eternidade a chegar a Algés, quase que dava a volta a Liaboa...
ResponderEliminarGostei da expressão "termómetro de pobreza", em relação ao 50, Zé do Carmo Francisco... e era verdade.
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