terça-feira, outubro 28, 2025

Conversas, olhares, teorias e práticas...


Sei que há mais que uma forma de olhar para as coisas que nos rodeiam, da mesma forma que também sei, que a própria realidade é muitas vezes deturpada. Isso acontece pelas leituras erradas que se fazem e também pela vontade de se ser "o dono da verdade"...

Sinto isso nas conversas de café que tenho com amigos. Além de sermos teimosos, temos ainda a mania que estamos mais bem informados que o comum dos mortais. É por isso que nas questões mais polémicas, raramente chegamos a um consenso.

Não é nada de preocupante, sabemos que são apenas conversas. É por isso que nunca nos chateámos a sério e quando as coisas começam a querer "azedar", o humor instala-se na mesa e volta tudo ao normal (grande Carlos!).

Foi por isso que tivemos alguma dificuldade em chegar a acordo, sobre o "valor da vida" de todos aqueles que fazem parte das forças de autoridade, segurança e protecção (polícias e bombeiros). 

A morte de um elemento da GNR, numa operação contra o narcotráfico, no Guadiana, que provocou uma grande operação policial em busca dos assassinos, nos dois lados da fronteira, fez com que de início, poucos concordássemos com o envolvimento de mais meios, do que se fosse um cidadão normal. A troca de argumentos fez com que nos aproximássemos e sentissemos, pelo menos teoricamente, que a vida de quem passa o tempo a garantir a nossa protecção e de bens públicos, deve merecer mais respeito e ser mais valorizada, por todos nós.

O ponto de discórdia, não tinha nada a ver com este acontecimento, mas sim com a prática diária dos agentes da autoridade, que muitas vezes inspiram mais o medo e a desconfiança, que a segurança, junto das comunidades.

Mas no plano teórico, estivemos todos de acordo. A vida de quem tem como profissão e missão a nossa protecção, deve ser sempre valorizada e enaltecida.

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


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