Não perco muito tempo com a "técnica e a táctica", gosto sobretudo do "improviso". É por isso que gosto mais de falar com fotógrafos amigos que de ler livros de fotografia.
E quando gostamos de coisas diferentes, ainda se aprende mais...
É com eles que percebo que não sou propriamente um fotógrafo. Sou simplesmente um gajo que gosta de tirar retratos, de ver o mundo por dentro da câmara, talvez por saber que a fotografia que sai, nunca é exactamente o que os nossos olhos viam.
Quando eles me começam a dizer que a fotografia x demorou cinco horas... ou em casos mais sérios, anos (sim o Aníbal diz que a sua fotografia "Poeira no caminho", demorou anos, até descobrir o Sol e a poeira perfeitas... Sorrio, por saber que raramente fico à espera de uma fotografia (a sensação é contrária, sinto muitas vezes que deixei fugir o momento, que a fotografia não vive de hesitações.
Comecei a escrever e a fugir ao tema da última conversa que tivemos, as "várias velocidades do olhar". Sei que até parece uma coisa surrealista, mas existe mesmo, e é facilmente compreensível...
Não vemos a mesma coisa, sentados, de pé a caminhar, a passear de bicicleta, a viajar de carro ou de comboio. Não é nada de mais. Mas são coisas em que raramente pensamos e ainda menos discutimos, com exemplos práticos...
(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)
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