Depois disse-me que eu estava quase a chegar à "idade da sabedoria" e que também iria começar a dizer não, cansado das tais conversas estéreis...
Não o levei muito a sério, limitei-me a sorrir.
Meia dúzia de anos depois, não só sinto, como sei que ele estava certo. A partir dos sessenta, passamos a ter menos paciência para tais as conversas de circunstância e para as futilidades. Só continuamos nessa vidinha, se não tivermos nada de interessante para fazer, além de olharmos para o nosso espelho favorito, que até é capaz de nos encolher a barriga e colocar mais cabelo na cabeça, apenas porque sim...
Se ainda tivermos vontade de fazer algumas coisas, começamos a ser mais selectivos, agarrando-nos ao que realmente nos interessa.
E às vezes, sabe tão bem dizer não...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
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