Passamos minutos sem ouvir uma voz humana. De longe a longe aparece a senhora das bolinhas, a quebrar a monotonia humana. As pessoas preferem ler livros (esta praia é muito culta, há uma grande percentagem de leitores...) e o smartphone a falar umas com as outras.
Quase não há crianças. É tão estranho. Parece que as gerações a seguir à minha se esqueceram de que as crianças são a alegria das casas... Foi por isso que só ao terceiro dia de praia vi duas crianças já grandotas a fazerem um castelo de areia, coisa que fiz sempre com os meus filhos, pelo menos até eles terem dez, onze anos.
Claro que não me estou a queixar, estou a constatar. Se quisesse ficar cheio de vozes humanas na praia, fazia férias em Agosto.
Felizmente na casa ao nosso lado, onde estão avós, filhos e netos, há um menino com menos de dois anos (ainda usa fralda...) a partir das oito da manhã anda e fala - mesmo que ainda não se perceba bem o que diz - sem parar, põe tudo em alvoroço, especialmente o avô, que é uma espécie de "guarda-costas".
É o melhor exemplo do que escrevi anteriormente, o pequenote é mesmo a alegria da casa...
(Fotografia de Luís Eme - Algarve)
Sem comentários:
Enviar um comentário