Publico aqui uma ou outra coisa, mas são quase sempre "suaves", nunca vou ao "osso".
E hoje, para não variar, faço o mesmo.
Durante anos e anos, pensei que o meu Pai era o homem mais livre do mundo (muito graças ao amor e generosidade da minha Mãe, que o deixava fazer o que queria e ser quem era...).
Mas hoje quando penso em Liberdade, daquela que a sua defesa e luta, davam prisão, sinto que alguns dos bons amigos que conheci em Almada, podem não ter sido tão livres como o Pai, mas amavam-na muito mais que ele... e as coisas em que se meteram para a defender antes e depois de Abril...
Claro que nem todos foram - e são comunistas (mas a maioria é) -, poucos foram presos, mas nenhum escapou de ter ficha na PIDE, de ser incomodado no trabalho, nas associações e até nas ruas.
Quando temos amigos como o Henrique, o Fernando, o Orlando, o Carlos (é quase um colectivo, são quatro...), o Chico, o Jaime, o Zé ou o Mário, tornamo-nos, naturalmente, melhores pessoas.
Com tudo isto quase que me esquecia de referir os seus três traços comuns: a Dignidade, a Generosidade, e claro, a Liberdade...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Como se a luta pela liberdade de serem comunista significasse a promoção da liberdade de que outros o não sejam ...
ResponderEliminarFelizmente tenho a liberdade de só responder aos comentários que quero.
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