Talvez onde se note mais o azedume das derrotas seja no desporto, porque não existem grandes subterfúgios, ou dúvidas. Ou se ganha ou se perde, o empate não conta quase para nada. Na vida as coisas são diferentes, poderemos estar "perder", quase sem nos apercebermos. E isso não acontece apenas nos nossos ordenados, cada vez mais curtos ou nos nossos "consumos obrigatórios", cada vez mais caros... Há pequenas coisas, que só começamos a "contar", depois de muitas "perdas", quase invisíveis.
Ou seja, ao longo dos anos das nossas vidas, fazemos sobretudo, a "gestão das derrotas", mesmo que uma boa parte delas sejam involuntárias...
Viver é isto, e ponto final. Umas vezes perde-se, outras ganha-se. Embora à medida que os anos passam, eu fique com a sensação que se perde sempre mais do que o que se ganha...
Claro que este ponto de vista depende bastante da nossa perspectiva pessoal, do lado optimista ou pessimista que mora em cada um de nós.
Toda esta prosápia, porque depois de uma reunião de trabalho, quase assustadora, um dos meus companheiros desabafou: «Há poucos empates na vida. Ou se ganha ou se perde.»
E naquele caso em particular, íamos todos perder...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Ontem deu-lhe para reler o poeta Raul de Carvalho, um entre tantos outros escritores esquecidos neste país de esquecer gente, e ficou a olhar para este verso: «A esperança já não passa de um nome, de um nome como qualquer outro…
ResponderEliminarEu sou otimista, malgré tout!
ResponderEliminarProcuro valorizar o positivo e esquecer o negativo.
Abraço
Muito recentemente fiz um balanço da minha vida nestes anos da pandemia. Entre o deve e o haver cheguei à conclusão que, afinal, até ganhei alguma coisa...😊
ResponderEliminarTalvez tenha razão esse teu amigo,...de uma maneira geral.
ResponderEliminarGosto muito do enquadramento da foto.