terça-feira, abril 05, 2022

«Vá lá, escreve qualquer coisa e manda...»


Ando há quase três meses a organizar a papelada que me enche a garagem. Tenho deitado bastantes papeis fora (muito menos do que devia...) e também vou ter de me desfazer de livros. O problema é seleccionar os que não me interessam mesmo...

No meio destes papeis tenho descoberto muitas colaborações avulsas em boletins, poezines e afins, algumas das quais já nem sequer me lembrava... Mesmo sem me envergonhar das coisas que escrevo, sei que podia ter "evitado" a publicação de alguns textos e poemas, mas o apelo insistente de alguns amigos era mais forte: «Vá lá, escreve qualquer coisa e manda...» e fazia com que se fosse à procura do que se escreveu "ontem" e se enviasse em anexo, sem pensar muito na qualidade (como eram colaborações "pro bono" e sem grande "futuro", enviei duas ou três coisas que podia ter ficado esquecidas na gaveta...) e na posteridade.

Claro que não vem mal nenhum ao mundo por isso (é apenas um pequeno desabafo...), até por serem publicações de tiragens reduzidas, cuja existência já caiu no esquecimento... Mas alguns continuam a ter o seu quê de especial, como o "Sabor das Palavras" (título "inventado" pela Nia... que até foi premiada como o meu primeiro e único romance...), quando pegamos neles... 

O "Sabor das Palavras" era o fanzine do "Café com Letras", dirigido pela Ermelinda. Café de tão boa memória e curta existência, em Cacilhas, no começo do milénio...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


5 comentários:

  1. Também ando a encher a garagem de livros e revistas já selecionados mas mesmo assim continuo com as estantes cheias.
    No Verão irei fazer uma Feira do Livro aqui no quintal!
    Os meus pobres escritos estão dispersos por dois jornais locais...

    Abraço

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    1. Isso é que é boa ideia, Rosa.

      (já pensei criar um blogue para vender livros...)

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  2. Boa tarde
    Há coisas em casa que sei que não mais vou usufruir delas , mas que vai ser difícil de me separar, não tenho a menor dúvida .
    Fica para quem um dia alguém se depare com elas que lhes faça o que eu não tive coragem de fazer.

    JR

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    1. Infelizmente deverá ser o mais certo:

      -alguém se depare com elas que lhes faça o que eu não tive coragem de fazer-

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    2. Quero ver se não dificulto muito a tarefa a quem fica, Joaquim e Severino...

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