Claro que o mundo mudou muito, onde antes existiam quintas agrícolas, hoje existem aglomerados populacionais. A árvore podia mesmo ter existido na colina, onde hoje existem vários prédios. A vista continua a ser soberba. É possível ver o mar (e até ouvir as ondas, quando este está mais batido...), apesar de a costa ficar a mais de um quilómetro.
Quando me contaram que naquele lugar havia ali uma árvore, que era "A Árvore do Poeta", a primeira coisa que quis saber foi o seu nome. Disseram-me que só sabiam que ele era poeta, ou seja, com a "lenda" o "mágico das palavras" perdeu o nome verdadeiro, para ir ganhando força e se transformar quase uma personagem universal.
E depois mostraram-me uma frase, que disseram ser da sua autoria:
«Só aqui é possível passar uma tarde, debaixo desta bela sombra, apenas com um bocado de pão, uma dúzia de azeitonas, uma garrafa de vinho, um lápis e um caderno em branco, sedento de palavras...»
Não fiquei nada preocupado com a existência, ou não, de uma árvore, naquele lugar, que continuava a ser tão poético.
E sim, continuava a ser possível ficar por ali à espera das palavras, empurradas pela maresia ou pelo vento que soprava nos campos...
(Fotografia de Luís Eme - Algarve)
Bom dia
ResponderEliminarAcho que o primeiro parágrafo diz tudo , e as lendas continuarão a fazer parte da história e dos sonhadores.
JR
Sim, e a maior parte das vezes nem é preciso saber onde começa a ficção e acaba a realidade, Joaquim. :)
EliminarSempre gostei de lendas. Houve uma época da minha vida em que lia tudo o que tinha a ver com o mito arturiano.
ResponderEliminarEsta foto é belíssima!
Tenho muito boas recordações de um sítio parecido com esse...😉
Muita da nossa história alimenta-se de lendas, Maria. E é isso que lhe dá magia (mesmo que fuja por vezes à verdade...).
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