quarta-feira, maio 26, 2021

Nem Portugal é uma "República das Bananas" nem os "Portugueses são uns Bananas"


Embora perceba a nossa dependência económica em relação ao turismo, estou longe de concordar com a postura de governantes como António Costa (e outros membros do seu governo...), que só faltou estender a "passadeira vermelha" aos ingleses no Algarve. 

É por causa desta postura subserviente em relação ao exterior, que alguns dos nossos visitantes pensam que estão numa "República das Bananas". E para piorar a questão, a nossa simpatia - muitas vezes exagerada... - faz com que alguns ingleses, holandeses  e alemães pensem que os "portugueses são uns bananas".

Quando reparo que 90% dos estrangeiros com quem me cruzo (a maioria jovens) não usam máscara, quando a regra não é bem essa (só se dispensa a máscara quando é possível manter a distância social...), fico a pensar que fazem isso porque ninguém lhes chama a atenção. Se a polícia fizesse o seu papel nas ruas (com multas e tudo), talvez eles começassem a pensar, que afinal, não somos "bananas" nem vivemos numa "república delas"...

Claro que não é de agora esta postura dos estrangeiros. Os holandeses no país deles dizem que nós o que queremos é "sol, praia e cerveja". Mas depois vêm para cá, e além do "sol, da praia e da cerveja" (esqueci-me das mulheres, como muito bem a Té escreveu, embora sejam elas, muitas vezes louras, que têm um certo fascínio pelos latinos do mediterrâneo...), ainda gostam de provocar desacatos, infringindo as regras que cumprem no seu país. Os ingleses e os alemães, embora não nos tenham passado o mesmo "carimbo" que os holandeses, têm o mesmo comportamento. Se no país deles não deitam nada para o chão, por cá gostam de deixar rasto por onde passam, com latas e garrafas de bebidas (muitas vezes partidas...).

Sei que fazem o mesmo em Espanha, Grécia ou Itália. 

É por isso que me faz muita confusão que esta gente de pele e cabelo clara, não saiba saborear e respeitar a liberdade que se vive no Mediterrâneo...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


11 comentários:

  1. Parafraseando* o ministro das finanças holandês [Países Baixos, não vá o senhor ofender-se] - Dijsselbloem - os povos do Sul da Europa gastam o dinheiro todo em "mulheres e vinho".

    * era pré-covid, 2017

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    1. Grato pela "correcção" (acrescentei as mulheres no texto, o vinho não, porque até os velhotes do interior preferes as minis...), Té.

      Mas eu não quis "parafrasear", quis ir ao encontro do pensamento generalizado desta gente, que fala sobretudo por inveja.

      Pelo menos é o que o comportamento deles nos diz, e fazem tudo em excesso desde as bebedeiras de "caixão à cova", até à vontade de apanharem o sol todo de uma vez, até parecerem "camarões", etc.

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    2. Não, não foi com intenção de corrigir!...As minhas desculpas.
      Ao ler o texto veio-me à memória tão ilustre pessoa com o alto cargo de presidente do Eurogrupo.

      Comportamento(s)! É tudo na base disso.

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    3. A correcção tinha aspas, Té. Entendi-a como positiva (e informativa) pelo que não precisa de se desculpar.

      Aliás, eu também pensei logo nele. :)

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    4. (e até acrescentei as benditas mulheres no texto, Té...)

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  2. Fundamental ler "COM OS HOLANDESES" um elucidativo livro do excelente escritor português José Rentes de Carvalho.

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    1. Tens razão, Severino.

      o J. Rentes de Carvalho é um excelente crítico social. O livro que ele escreveu sobre a Revolução de Abril (li mas já não me lembro o título...) é também muito elucidativo.

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    2. Creio que o título do livro sobre a Revolução de Abril, será: "Portugal, a flor e a foice"; também gostei.

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    3. É esse mesmo, Severino.

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  3. Bom dia
    Sei que a violência não leva a lado algum , mas uns bons "bananos" se calhar vinham na altura ideal .

    JR

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