quinta-feira, abril 15, 2021

O Nome e a Cor dos Livros (dentro dos "jogos da sedução")


Penso que a escolha do título e da capa de um livro, nunca se revelaram tão importantes, como neste nosso tempo.

O autor e a editora sabem que é cada vez mais necessário (a bem do negócio...) chamar a atenção do "comprador aleatório", que se encanta com as primeiras palavras e a imagem que lhe surgem à frente e quase lhe piscam o olho nos escaparates mais apelativos.

Acho que eles sabem que alguns dos livros comprados vão directamente para a estante. Ou seja há muitos livros que não são comprados apenas com a finalidade da leitura...

Irene Vallejo, que escreveu esse livro extraordinário que é "O Infinito num Junco", fala sobre a sua crescente importância, acrescentando que o crescimento do jornalismo, o aumento da leitores, assim como o desenvolvimento do mercado, fizeram com que fosse cada vez maior a necessidade de chamar a atenção do leitor (e até de o seduzir...).

José Saramago, por exemplo, antes de começar a escrever um novo livro, já tinha o título escolhido...

(Fotografia de Luís Eme - Fonte da Pipa)


6 comentários:

  1. Isso é verdade! É preciso criatividade e inovação para cativar os leitores!

    Abraço e bom fim de semana!

    ResponderEliminar
  2. "O Infinito num Junco", Irene Vallejo - sendo um livro sobre livros tenho que ler. Tenho ouvido muitos elogios sobre o mesmo.




    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É um livro sobre a história dos livros, muito bem escrito, Severino.

      Vais gostar de ler e viajar pela Antiguidade e pelos nossos dias. :)

      Eliminar
  3. Para mim, a capa não tem a mínima importância, creio que nunca comprei um livro pela capa (nem no Círculo de Leitores).

    Compro os livros pelo autor, independentemente da capa, por exemplo, já li quase todos os livros do José Saramago, do Philip Roth, do Mia Couto, Flannery O'Connor, Carson McCullers, Joyce Carol Oates (A filha do Coveiro, imperdível), Truman Capote ("A sangue frio" imperdível, John Fante-grande escritor, Philippe Claudel; quando gosto de um autor tento ler todos os livros dele.

    Por exemplo li apenas um livro do 575 (José Rodrigues dos Santos), 20 páginas do Dan Brown e fiquei vacinado de ambos.

    Diários e crónicas, capa bonita ou feia, leio de qualquer autor, até do 575 ou do Brown.

    E depois há uma série de jovens escritores muito bons (Afonso Cruz, Bruno Vieira Amaral, Gonçalo M.Tavares cujos livros até têem capas bonitas e títulos imaginativos).

    Obviamente que apenas cito os que agora me vêem à memória, porque muitos outros haveria a citar, lembrei-me agora do Steinbeck e do Gabriel Garcia Marquez.

    A conversa já vai longa porque quando se fala de livros perco-me.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Normalmente também não compro os livros pela capa, Severino. Tal como tu, prefiro os bons autores, mesmo que as capas sejam feiazitas. :)

      Mas gosto de as olhar nos escaparates e ver a criatividade dos artistas. Mas só para ver.

      Eliminar