sábado, abril 24, 2021

Um Novo Paradigma na Ficção Portuguesa


Normalmente as telenovelas e as séries televisivas exploram temas rebuscados, que têm como principal foco dramas familiares, que não fogem muito do burlesco e do absurdo. Os autores apostam na "normalização" dos filhos que nascem fora dos lares, das famílias duplas, dos abandonos familiares, ou ainda, no milagre da "ressuscitação", tanto de pais como de filhos, que aparecem quase sempre no último episódio.

É por isso que olho com curiosidade para este novo paradigma ficcional (na SIC...), em que existe uma maior aproximação com a realidade, com os argumentistas a inspirarem-se em personagens de carne e osso, cujo "exotismo" e "modo de vida", faz com que se diga com alguma frequência, que "davam mais que um filme"...

Na telenovela, Amor, Amor, é difícil não descobrir algumas pontas soltas que nos podem levar para os universos musicais de um Tony Carreira ou de um Emanuel. E na série, Prisão Domiciliária, até se aproveitou o "timing" do primeiro ensaio da justiça de acusação sobre a Operação Marquês, para a apresentação ao público. "Timing" que, curiosamente também foi aproveitado pela personagem central do processo, para lançar mais um livro...  Esse mesmo, o antigo primeiro-ministro José Sócrates. 

Mesmo que se diga que qualquer semelhança com a realidade é um mero acaso, por se tratar de uma "obra de ficção", nem mesmo o nome do principal autor do argumento da série Prisão Domiciliária engana... 

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


2 comentários:

  1. Que falta de imaginação...
    Uma boa semana com muita saúde, meu Amigo Luís.
    Um abraço.

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    1. Pois, é a televisão portuguesa, com certeza, Graça...

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