A última sentença produzida pelos tribunais, por uma mulher (Joana Ferrer) em relação à separação do casal, Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães, é sintomática em relação à pré-condenação feita pelos "justiceiros populares" em relação ao professor e político, especialmente na comunicação social (onde os amigos de Bárbara e os inimigos de Carrilho não perderam a oportunidade de o "linchar" publicamente...).
Numa primeira sentença de outro caso em julgamento, Carrilho fora condenado a mais de quatro anos de prisão, com pena suspensa. Esse facto deixou muita gente convencida de que ele ia mesmo sentar o "rabinho" na cadeia. Mas até ver, parece que não...
Depois da segunda sentença corajosa em relação à acusação de violência doméstica, levantou-se um coro (quase sempre feminino...), individual e colectivo, contra a juíza e contra a sua decisão.
Mesmo não gostando do "pavão", ao ler o resumo do acordo, percebo inteiramente a visão da Juíza, que não fez mais que cumprir a lei, porque as provas periciais apresentadas foram inconclusivas, e as testemunhais pouco consistentes.
Joana Ferrer tem muita razão quando diz que: «Os Tribunais não são tribunais plenários onde os arguidos entravam já condenados.»
(Fotografia de Helmut Newton)
Luís, sabe bem encontrar algo interessante sobre o tema.
ResponderEliminarFaz-me confusão como pessoas que nem conhecem os implicados, não sabem de provas, etc.; se decidem por um lado... Estranho.
Eu sempre tive dificuldade em me prenunciar sobre casos que estão em julgamento (inclusive Sócrates...), até por perceber que muita gente está mais interessada em "destilar ódio", que em saber o que está realmente em causa, Isabel.
EliminarE este caso em particular, nota-se que o "amiguismo" tomou conta de muitas opiniões, especialmente nas televisões...
Não concordo nada com o que escreveu. E ainda menos com a fotografia que colocou. Que mau gosto!
ResponderEliminarAdélia
E tem todo o direito de não concordar, Adélia.
EliminarA fotografia não foi colocada por acaso. Simboliza a postura do casal, que durante muito tempo abriu as portas de casa à comunicação social, "despindo-se" ao ponto de perder a noção entre o que é público e privado.
Claro que nem toda a gente é obrigada a perceber a minha intenção...
"levantou-se um coro (quase sempre feminino...), individual e colectivo", bom, isso diz mais do estado das coisas do que do "coro".
ResponderEliminarquando aos litigantes já disse que não tenho opinião, não conheço os factos. E desmistifique-se de uma vez por todas que uma vítima não tem que ser necessariamente um(a) inocente. Aliás, o que as amarra a maioria das vezes é mesmo o sentimento de culpa. O não ter sabido fazer escolhas. Isto também pode tolher uma pessoa. Há tanto para falar disto...
Pois diz, Maria.
EliminarMas não devemos misturar as coisas.
E também sei que estes casos são mais complicados do que parecem. O amor próprio (e a ausência...) é muito importante nestes casos, mais que a independência económica e o estatuto social...
Mas neste caso em particular, tem sido todo ele uma vergonha (coitados dos filhos que têm pais deste calibre...).
Os "amiguinhos da televisão" constituem um lobby que só não o vê quem não quer.
ResponderEliminarOra aqui está um comentário com cabeça, tronco e membros sobre um caso em que se pretendeu, ao que julgo, condenar antecipadamente Manuel Maria Carrilho.
Não é que eu goste do "filósofo" das culturas, mas tudo isto foi demasiado de plástico, demasiado para as revistas mais castanhas que cor de rosa, Severino...
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