terça-feira, agosto 30, 2016

Um Exemplo de Profissionalismo


Fui passar mais um fim de semana à Beira Baixa, desta vez porque era tempo de "Festa" em Alcafozes, onde sou, e quero ser, pouco mais que um visitante anónimo.

Se excluirmos a procissão de segunda feira de manhã em honra a Nossa Senhora do Loreto, o momento alto dos festejos acabou por ser a noite de sábado com a visita dos GNR.

Talvez tenha sido a "crise" ou a "concorrência", cada vez mais feroz, neste "mundo" cheio de cantores e cantoras, de primeira, segunda, terceira e quarta categoria, que levou o Grupo do Novo Rock a esta pequena aldeia, quase perdida, no Concelho de Idanha-a-Nova.

Por uma ou outra razão, foi óptimo assistir ao concerto deste grupo mais dado a urbanidades, que actuou como se estivesse num dos "coliseus", com uma alegria e um profissionalismo pouco vistos, pelo menos nas "terras de ninguém".

E apesar dos anos passarem, o Reininho, o Toli, o Romão e companhia, continuam em excelente forma e são um dos poucos grupos que sabem mais que três canções diferentes. Ou seja, não passam os concertos a cantarem sempre a mesma canção...

(Fotografia de Luís Eme)

6 comentários:

  1. Gosto do GNR, mas do seu texto saliento o terceiro parágrafo: diz bem, há pessoas de "... primeira, segunda, terceira e quarta categoria...",a tentar "cantar". Infelizmente, sem jeito nem talento. Embora não "faça o meu génro" musical, em agosto vi/ouvi os "Black Mamba" por aqui, na Beira Serra, e gostei. Muito profissionais e com talento de sobra. Cumprimentos.

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    1. É sempre bom, verificarmos que os artistas respeitam o público, Carlos.

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  2. grata pela tua pequena parcela de eternidade....

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  3. Luís, sem estar a pensar muito nas palavras, se calhar vou dizer uma coisa próxima de barbaridade: neste contexto específico, o das festas, concertos e afins, a designada crise tem levado a maior proximidade dos artistas com a população que normalmente não tem acesso a grandes salas.
    Isto tem pelo menos um outro lado.
    Tem acontecido - e não digo que seja o caso - uma desadequação entre estilos e registos, e os espaços e ambiente em que os espectáculos ocorrem.
    Por exemplo, e aconteceu aqui perto, a Teresa Salgueiro dar um espectáculo num pavilhão desportivo, com características pouco conformes com o tipo de trabalho. Há uns anos tal não acontecia. Feitas as contas, não será bem, bem, o mesmo espectáculo.

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    1. Sim, isso também deve acontecer, Isabel.

      Mas penso que muita coisa mudou, hoje todas as festas alugam palcos enormes e as bandas exigem boas condições de som e de luz.

      Claro que não estou a falar de quem ainda se esconde atrás do "play-back". Esses são os tais que não sabem o que é profissionalismo.

      Em relação a tal desadequação, embora os artistas tenham uma palavra a dizer, há uma grande concorrência e não se podem desperdiçar hipóteses de trabalho...

      Em situações normais sei que os GNR não actuavam em Alcafozes. E é também por isso que lhes louvo o profissionalismo e a sua qualidade.

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