Fui passar mais um fim de semana à Beira Baixa, desta vez porque era tempo de "Festa" em Alcafozes, onde sou, e quero ser, pouco mais que um visitante anónimo.
Se excluirmos a procissão de segunda feira de manhã em honra a Nossa Senhora do Loreto, o momento alto dos festejos acabou por ser a noite de sábado com a visita dos GNR.
Talvez tenha sido a "crise" ou a "concorrência", cada vez mais feroz, neste "mundo" cheio de cantores e cantoras, de primeira, segunda, terceira e quarta categoria, que levou o Grupo do Novo Rock a esta pequena aldeia, quase perdida, no Concelho de Idanha-a-Nova.
Por uma ou outra razão, foi óptimo assistir ao concerto deste grupo mais dado a urbanidades, que actuou como se estivesse num dos "coliseus", com uma alegria e um profissionalismo pouco vistos, pelo menos nas "terras de ninguém".
E apesar dos anos passarem, o Reininho, o Toli, o Romão e companhia, continuam em excelente forma e são um dos poucos grupos que sabem mais que três canções diferentes. Ou seja, não passam os concertos a cantarem sempre a mesma canção...
(Fotografia de Luís Eme)
Gosto do GNR, mas do seu texto saliento o terceiro parágrafo: diz bem, há pessoas de "... primeira, segunda, terceira e quarta categoria...",a tentar "cantar". Infelizmente, sem jeito nem talento. Embora não "faça o meu génro" musical, em agosto vi/ouvi os "Black Mamba" por aqui, na Beira Serra, e gostei. Muito profissionais e com talento de sobra. Cumprimentos.
ResponderEliminarÉ sempre bom, verificarmos que os artistas respeitam o público, Carlos.
Eliminargrata pela tua pequena parcela de eternidade....
ResponderEliminarOlá, Margoh.
EliminarLuís, sem estar a pensar muito nas palavras, se calhar vou dizer uma coisa próxima de barbaridade: neste contexto específico, o das festas, concertos e afins, a designada crise tem levado a maior proximidade dos artistas com a população que normalmente não tem acesso a grandes salas.
ResponderEliminarIsto tem pelo menos um outro lado.
Tem acontecido - e não digo que seja o caso - uma desadequação entre estilos e registos, e os espaços e ambiente em que os espectáculos ocorrem.
Por exemplo, e aconteceu aqui perto, a Teresa Salgueiro dar um espectáculo num pavilhão desportivo, com características pouco conformes com o tipo de trabalho. Há uns anos tal não acontecia. Feitas as contas, não será bem, bem, o mesmo espectáculo.
Sim, isso também deve acontecer, Isabel.
EliminarMas penso que muita coisa mudou, hoje todas as festas alugam palcos enormes e as bandas exigem boas condições de som e de luz.
Claro que não estou a falar de quem ainda se esconde atrás do "play-back". Esses são os tais que não sabem o que é profissionalismo.
Em relação a tal desadequação, embora os artistas tenham uma palavra a dizer, há uma grande concorrência e não se podem desperdiçar hipóteses de trabalho...
Em situações normais sei que os GNR não actuavam em Alcafozes. E é também por isso que lhes louvo o profissionalismo e a sua qualidade.