A ponte deixou de ser uma miragem no final de 1962, quando se iniciaram as obras do projecto público mais arrojado até então: a construção de uma ponte que unisse as duas margens do Tejo, junto à Capital (havia projectos desta travessia com quase um século...).
Mas as coisas até correrem bem, menos de quatro anos depois foi possível fazer a festa da sua inauguração, há exactamente 50 anos...
Este poema que aqui publico foi escrito para ilustrar com palavras uma exposição que fiz ("A Ponte é uma Miragem"), cheia de pontes e de Tejo, da qual também faz parte a fotografia publicada.
A Ponte é uma Miragem
a ponte é uma miragem
que ultrapassa a
exposição
pois é também uma
viagem
do olhar e dos sentidos
que buscam inspiração
e querem que a ponte
seja mais
que uma simples
passagem.
olhar que se cruza
com um Rio de “visões”
tanto a norte como a
sul
e que se deixa levar
em todas as direcções
sentidos explorados
pelo som que se
confunde com o vento
de um tabuleiro povoado
de carros
suspenso pelos cabos do
tempo
sentidos encantados
pelas cores de um Tejo
radiante
que pinta toda a paisagem
de uma forma
contagiante
e transforma a ponte na
tal miragem
Luís Milheiro
(Fotografia de Luís Eme)
Gostei muito do poema, Luís.
ResponderEliminarUm abraço.
Foi escrito para apresentar as fotografias, Graça. :)
ResponderEliminarLuís
ResponderEliminarnem sei de que gosto mais, se do poema se da foto.
excelentes ambos.
um beijo
:)