Gosto bastante de conversar com pessoas que conseguem acrescentar conhecimento às coisas que gosto, sem serem chatas.
Talvez o Mestre Lagoa Henriques tenha sido o expoente máximo do que acabei de dizer. Ainda recordo a visita guiada memorável que me fez ao espaço expositivo e museológico que ficava ao lado do seu atelier (que penso nunca ter sido aberto ao público, estupidamente...), em que durante mais de duas horas me explicou a história de cada uma das suas esculturas, sem se esquecer de destacar a origem dos materiais mais simples (com destaque para os pedaços de madeira - troncos de árvores ou "lixo" dos navios - recolhidos na "sua praia" de Pedrouços...) aos mais elaborados... Claro que há poucas pessoas com a capacidade de transformar um pedaço de madeira, plástico ou lata, deitados fora, numa obra de arte. O Mestre Lagoa Henriques tinha esse dom...
As palavras são mesmo como as cerejas... Digo isto porque a conversa que tive com um amigo das "fotografias" sobre a evolução daquilo a que normalmente chamamos "composição", e que faz com que a fotografia consiga chamar a atenção das pessoas, foi extremamente agradável.
Falámos de palavras que parecem estar fora do mundo da fotografia: "encenação", "recriação", "mistério", "fantasia" ou "imaginação".
Sorrimos com cumplicidade perante a incerteza que nos invade cada vez mais o olhar, sem termos medo da sensação de que sabemos tão pouco do mundo...
(Fotografia de Benn MItchell)
Há pessoas assim :)
ResponderEliminarbjs
Pois há, Rita. :)
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