No domingo vamos falar em Almada sobre a fotografia, numa conversa que esperamos larga, com gente que pinta, escreve e tira retratos (colóquio: "A Democratização da Fotografia faz bem à Arte?").
E mudou tanta coisa na última década...
Antes não havia o medo de perder as memórias, não se utilizava tanto a máquina fotográfica para as fixar. Claro que já era um bom auxiliar de memória, mas funcionava sobretudo como um registo familiar das datas e pessoas importantes (para nós). Era também a "prova de vida", feita propositadamente para enviar "pessoas" com sorrisos (era mais importante que hoje sorrir para as fotografias...), para aqueles que estavam fora do país (e o contrário, os emigrantes também enviavam fotografias para os avós assistirem de longe ao crescimento dos netos...).
Hoje, como é possível falarmos através dos computadores para o mundo inteiro, a fotografia passou para outro patamar, talvez mais abrangente e mais criterioso, pelo menos no campo da imagem, cada vez mais sem pessoas. Até por se viajar com outra facilidade...
E acontece uma coisa estranha, olhamos cada vez mais para as coisas atrás da máquina, esquecidos que a "realidade" pode ter outras cores...
O engraçado do escrever é que pensamos em dizer aquilo e acabamos fintados pelas palavras a dizer isto...
Isso acontece porque se podem dizer milhentas coisas sobre este assunto.
Talvez amanhã volte aos retratos.
(Esta é uma das fotografias minhas expostas na Festa das Artes da SCALA, na Oficina de Cultura em Almada até 8 de Março)
Excelente fotografia.
ResponderEliminarA arte fotográfica é para mim muito importante.
Abraço.
também para mim, Graça.
Eliminarcomplementa-se com as palavras (tal como todas as artes).