domingo, junho 18, 2023

A Solidão na Obra de Edward Hopper


Há pouco estive a arrumar uns catálogos de arte e acabei por folhear um sobre a obra de Edward Hopper.

Voltei a reparar que há por ali, um traço comum e dominante: a solidão humana.

Há quase sempre pessoas sós. Ou estão sozinhas no mundo ou têm um mundo só delas.

Também há muitas janelas, para olharem o Mundo... Delas e dos outros.

Mesmo quando aparece alguém acompanhado, não deixa de dar mostras de estar só. Pelo menos foi o que senti com a mulher de chapéu e vestido verde, sentada no café, na mesma mesa de um homem, que está de costas...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


6 comentários:

  1. Não costumo andar pelas redes,raramente frequento,a elogiar apesar dos merecimentos.
    Mas não posso deixar de sublinhar estes seus,Tendas de desgraçados e mijo pela capital,Hopper e a solidão citadina tão americanos.
    Cumps.
    Jose

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    1. A Europa infelizmente tem copiado o pior dos EUA, José...

      É por isso que as pessoas continuam a perder direitos, ao mesmo tempo que os lucros aumentam nas empresas...

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  2. Edward Hopper deixou -nos uma obra fantástica, cheia de lugares de silêncio e de figuras solitárias.
    Os seus quadros são uma testemunha do isolamento e da solidão das pessoas. Neles dominam os contrastes entre as cenas humanas, entre os espaços e as situações representadas.
    Ao observarmos os seus quadros como que sentimos a solidão a envolver-nos.
    Autênticas pérolas da pintura que vale a pena sentir e apreciar.
    Sou um fanático apreciador da sua arte.

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    1. É verdade, Severino.

      E focam cenas de vidas normalmente "esquecidas", pela tal sociedade, politicamente correcta...

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  3. É provável que outros o tenham feito, mas o olhar de Edward Hopper em volta da solidão, é um trabalho extraordinário.
    Por vezes, a maior de todas as viagens é a distância entre duas pessoas.

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    1. É verdade, Sammy, e não se consegue quebrar essa "distância", mesmo que estejamos a metros...

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