sábado, fevereiro 01, 2020

O Silêncio e o Sossego Nocturno da Minha Rua


Espreito a rua deserta, da varanda. 

Descubro algumas luzes acesas no interior das casas dos prédios de frente, mas nem um vulto a cirandar pelas divisões. Provavelmente, estão todos sentados no sofá...

Olho para cima e descubro o céu pintado a várias tonalidades de cinzento, quase a prometer mais água para amanhã.

Quando "regresso" à minha rua, penso no seu sossego diário, especialmente depois de anoitecer. Sei que é este silêncio que faz com que o sábado adormeça mais rápido por aqui, que noutros lugares.

É por isso que me apetece chamar-lhe, "maldita rua". Não tem uma única loja do que quer que seja, muito menos um café ou bar, que deixasse entrar e sair dois ou três bêbados, capazes de partir um copo, dar um grito ou uma gargalhada na rua e conseguir o feito, de prolongar o sábado para dentro do domingo...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)

4 comentários:

  1. Gostei deste desabafo literário!
    Agora imagina a minha com três conventos! :)

    Abraço

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    1. Foi apenas uma "graça", Rosa. :)

      Gosto desta calma quase de aldeia.

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  2. Fiquei assustada!!!
    Então, tanta gente a procurar uma casa em sitio calmo, sossegado e tranquilo!!!?
    Realmente tem muita graça!

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    1. Mesmo quando gostamos da calma, às vezes temos saudades do "reboliço", Micaela. :)

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