Assustam-me as generalizações e a forma como tratam algumas figuras da nossa história.
Gostava que Afonso Henriques fosse menos "o filho que bateu na mãe" e mais o "conquistador". Mas desta vez os alvos da "troça" eram dois homens de letras (Gigantes)...
E por muito que tentasse, nunca iria convencer alguém, que acha que Luís de Camões e Fernão Mendes Pinto são melhores contadores de mentiras que de histórias.
Mas também não iria querer gastar qualquer "palavra de latim", com gente incapaz de perceber que a imaginação está muitas vezes, mais próxima da verdade, que os muitos tratados históricos, da autoria dos "escribas da corte", que se limitavam a registar os gostos, as vontades e os sonhos da realeza...
Foi neste momento que pensei que era giro que o Tarantino descobrisse (e gostasse mesmo a sério deles...) estes dois "Trinca-Fortes" e transformasse as suas aventuras em cinema, mesmo que virasse o Oriente de pernas para o ar.
(Fotografia de Luís Eme - Tejo)
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