Sempre ouvi dizer que o teatro vive permanentemente em crise.
Talvez seja essa "crise" a chave para o facto de a arte de talma ter muito mais vidas que um bando de gatos juntos.
Fico feliz por as peças não terem mudado assim tanto nos últimos quinhentos anos, mesmo que não ache piada a que Shakespeare continua a ser um dos autores da moda.
A literatura e o cinema, por exemplo, mesmo sem terem passado por esta "crise permanente" ao longo dos anos, não deixam de viver com mais apreensão o presente.
Será que os livros num futuro próximo vão voltar a ser imagens e palavras, como a banda desenhada que devorada na infância? E as salas de cinema, continuarão a ser sobretudo pipocas e efeitos especiais?
Não sei... A única coisa que sei, é que o Teatro vai permanecer igual a ele próprio, único.
(Fotografia de Luís Eme - a memória do grande Mário Viegas em Lisboa)
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