Nem sei por onde começar, nem o que escrever...
O primeiro-ministro resolve falar ao povo misturando velas e bolos de aniversário, à habitual propaganda do sucesso e da excepção que confirma a regra.
A líder do CDS tenta tirar dividendos da desgraça alheia, como de costume.
Os estudiosos da "sociedade protectora do eucalipto" aproveitam para afirmar, aqui e ali, que a culpa dos fogos tanto é dos sobreiros, dos carvalhos e azinheiras, como da sua árvore preferida.
A protecção civil muda as chefias e o porta-voz...
Os jornalistas televisivos fingem que não dormem e continuam numa correria, de terra em terra, em busca de pessoas que gostem de colocar "a boca no trombone" e tenham contas a ajustar com alguém.
A gente anónima atingida pela desgraça pergunta, "porquê?". à resposta violenta da natureza que, apesar do rasto de destruição que deixa, continua a não ser levada a sério...
Exemplos? Apesar do susto, a árvore que dá sombra ao quintal e à casa, promete continuar por lá...
E com muitas mais asneiras pelo meio, Monchique continua a arder, ao sétimo dia.
(Fotografia de Luís Eme)
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