Estava de férias quando rebentou o "escândalo Robles", que foi muito bem encenado, ao ponto de levar o vereador do BE da Câmara de Lisboa a pedir a demissão.
Não vou colocar-me no meio da questão, mesmo sabendo que Ricardo Robles não cometeu nenhum crime, nem se apropriou de nenhum bem público, como fazem tantos políticos de Norte a Sul, segundo as notícias. Teve sim, um comportamento eticamente reprovável. Mas não é sobre isso que me interessa escrever.
Quero escrever sim sobre o preconceito que existe, especialmente na comunicação social, que tem o prazer, cada vez menos secreto, de tratar os políticos de direita e de esquerda, de maneira diferente. Se aos primeiros quase tudo é permitido, como se já nascessem "aldrabões" e "corruptos", aos segundos, assim que se sabe que têm qualquer bem que os afasta da "classe operária" (às vezes basta um carro ou uma casa mais vistosa...), cria-e logo um "caso"...
Isto é de tal forma ridículo, que há mesmo quem pense que todos aqueles que defendem a igualdade e a justiça social, deviam ser obrigados a repartir os seus bens para com os "pobrezinhos". Ou seja, o facto de se defender uma sociedade mais igualitária e mais justa, faz com que não se possa ser livre de utilizar o dinheiro que se ganha, honestamente, como muito bem se entende.
(Fotografia de Luís Eme)
De férias passei para desejar um bom domingo. Aproveito para dizer que li o texto e que estou de acordo consigo.
ResponderEliminarAbraço
Continuação de boas férias, Elvira.
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