Um acontecimento dos últimos dias fez com que pensasse pela primeira vez em algo, que nunca me tinha passado pela cabeça: a apropriação de algo que "não nos pertence", quando escrevemos sobre os familiares de alguém.
E pensar que já fiz largas dezenas de ensaios biográficos (uns publicados em livros, outros em revistas ou boletins), sem nunca me preocupar com o que pensavam os seus familiares.
Claro que estou a falar de "retratos positivos", sobre gente que mereceu ver enaltecido o seu trabalho em várias áreas. Alguns familiares agradecem-me pelo trabalho realizado, emocionados, pela minha tentativa de derrubar o "esquecimento", outros permanecem em silêncio. Mas nunca recebi qualquer crítica negativa. Recebo sim algumas chamadas de atenção por pequenas incorrecções, que registo, ciente de que a verdade na história é algo que está sempre em constante mudança...
Ainda bem que estamos sempre a aprender...
(Fotografia de Luís Eme)
É uma verdade. Lembro que meu pai sempre dizia que morríamos quando deixávamos de aprender.
ResponderEliminarUm abraço
Pelo menos começamos a "morrer", Elvira...
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