Há homens que fingem perceber mais de amor que o resto da "matilha", por terem aberto e fechado muitas portas a mulheres.
Era por isso que aquele "belo exemplar" insistia para com o Pedro: «Não estejas à espera de ética no amor, já tens idade suficiente para não ser passarinho». Com o seu ar experimentado acrescentou: «resume-se tudo ao desejo e à paixão, e quanto mais acesa melhor.»
Eu sabia que o amor era como tudo na vida. A falta de ética, ou não, resumia-se apenas ao carácter de cada um de nós, mas preferi ficar em silêncio...
Mas a Cristina, cansada das entradas do "galã sem ética", trouxe para a mesa uma sua investida frustrada, com mais de vinte anos, quando ainda namorava o companheiro e ele tentou pôr-se no meio, pintando a manta do "amigo" da pior maneira possível.
E a sorrir continuou, dizendo que o amor era demasiado cego para pensar em coisas como a ética. E contou que à medida que ele escurecia o esboço do agora marido, ela descobria-lhe novos encantos, borrifando-se para a sua "música de serrote"...
Acabámos todos a sorrir, por descobrirmos que a "crista de galo" estava a desaparecer e também por percebermos que um bocadinho de "falta de ética" (as mulheres são melhores que nós a descobrir "carecas"...) nas conversas pode dar cabo de "muitas certezas"...
(Fotografia de Luís Eme)
Luís, se o amor voltar as costas à ética tem os dias contados.
ResponderEliminarDepende das pessoas, Isabel.
EliminarQuem não tem ética na vida, não a terá no amor, certamente.:)