O prédio onde moro tem menos de 20 condóminos, mas nos últimos tempos está a viver uma realidade nova. Depois de anos e anos em que os moradores eram os próprios donos das casas, agora vive o fenómeno do aluguer, da rotatividade das pessoas, ao ponto de termos a sensação de encontrar quase todos os dias gente nova a entrar e a sair do edifício, sem sabermos a que fracção pertencem.
Esta nova identidade do prédio tem quase sempre mais contras que prós, porque a maneira de olhar para as pequenas coisas é completamente diferente. Por norma o dono de um apartamento tem um cuidado que os inquilinos normalmente não têm, desde o manter a porta da rua, aberta ou fechada, ao uso do elevador, passando pelo ruído nas escadas, há uma falta de sentido de posse que altera tudo...
E claro, deixa de haver o tratamento de aldeia e de bairro, são quase todos "autómatos", que não conhecem palavras tão simples como o dom dia ou o boa tarde.
(Fotografia de Luís Eme)
Luís, há um "detalhe" que faz muita diferença: quando se é em simultâneo proprietário e inquilino, embora em tempos diferentes, claro.
ResponderEliminarClaro, Isabel. :)
EliminarComo eu te entendo...
ResponderEliminarÉ que é mesmo assim como está no texto.
Beijinhos
:)
O mundo continua a ser um lugar estranho, Piedade. :)
EliminarPois. Está a acontecer o mesmo no meu prédio,
ResponderEliminarAbraço
São evoluções sociais, Elvira...
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