Nestas férias li quatro livros, curiosamente bastante diferentes. Ainda comecei outro mas entretanto regressei e não lhe voltei a pegar...
O primeiro livro que li foi "Os Oportunistas" de Italo Calvino. A sua história poderia ser facilmente transportada para estes nossos tempos de gente esperta. Dois irmãos tentam ludibriar um vigarista profissional - um empreiteiro do piorio - algo impossível, claro. De engano em engano acabam rendidos ao talento natural e selvagem deste construtor de pesadelos.
O segundo foi uma estreia, li pela primeira vez Ruben Fonseca com "Axilas e Outras Histórias Indecorosas". Achei curiosa a linguagem livre, perversa, sem qualquer moral, ética ou o que quer que seja. Mas não fiquei rendido aquele "vale tudo", ao sexo estranho, e ainda menos às mortes gratuitas (e estúpidas...), quase sempre de mulheres. Valeu pela linguagem, pelas palavras novas que conheci, pelos conhecimentos técnicos oferecidos. Mas são mesmo histórias indecorosas...
O terceiro livro que li foi para férias a pensar no meu filho, mas acabei por ser eu o "leitor". Estou a falar do "Diário da Bicicleta" de David Byrne (esse mesmo, o músico). Embora David nos comece por dar uma panorâmica dos melhores lugares para se passear de bicicleta de várias cidades, acaba por ir mais longe e transformar esta informação num roteiro interessante e que ganha aos pontos ao guia velocipédico sobre ciclovias. Fiquei agradavelmente surpreendido pela leitura.
A leitura mais agradável acabou por ficar para o fim, apenas porque sim. Refiro-me ao livro de contos "O Fim das Bichas" do Alface. Gostei do humor presente em todas as histórias, assim como da acção, e claro, da sua qualidade literária. Fiquei com vontade de ler, "Cuidado com os Rapazes" e "Cá Vai Lisboa".
O óleo é de Stephen Scott Youg.
Também me fartei de ler na praia. Hábito antigo de quando só tinha tempo para ler e ler e ler nas férias. Hei de escrever lá no meu sítio sobre as minhas leituras de verão.
ResponderEliminarBeijinhos
Acho muito bem, Graça. :)
EliminarContrariamente ao que costumo fazer nas férias este ano não li absolutamente nada.
ResponderEliminarLimitei-me a ir à praia, comer, dormir, e passear. A pé claro. Depois de meio ano doente, e em perspectiva de ter que sofrer uma cirurgia em Outubro, foi um mês para carregar baterias. E a verdade é que tenho estado tão bem fisicamente, que ponho a dúvida a cirurgia.
Um abraço
Férias é fazermos o que mais nos apetece, Elvira. :)
EliminarViva o descanso.