Uma boa parte dos meus amigos e conhecidos, além de serem pessoas ligadas ao mundo das culturas, também são mais velhas que eu.
Isso acontece naturalmente. Não tenho qualquer explicação ou teoria sobre o assunto.
Talvez sejam ainda resquícios do jornalismo, que me foi transformando num bom ouvinte. Como também tenho vestido a roupa de historiador, isso leva-me a vários encontros com o passado, onde as minhas principais fontes orais são pessoas antigas.
Noto que acabamos por falar mais vezes, apenas porque sim. Embora surjam sempre coisas novas sobre pessoas e lugares, em conversas aparentemente banais.
Não consigo explicar muito bem, mas normalmente com a malta da minha geração (e mais novas), tenho conversas muito mais superficiais.
O pior de tudo é sentir que no nosso país nem sempre se valorizam os cabelos brancos e toda a sabedoria que se vai adquirindo com a vida...
O óleo é de Spartaco Lombardo.
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