Não foi por isso, mas, consegui, sem esforço, não ler nenhuma página de um livro, e melhor ainda, não comprei também nenhum livro. Mas evitei passar em frente da "Bertrand", podia estar alguém por ali e chamar-me...
A única coisa que fiz de "condenável", foi pegar em vários livros, para os mudar de lugar (estava distraído e...).
O maia curioso, foi a meio da tarde, ter-me cruzado com uma jovem com a pele morena de África, de óculos e com uma máscara pandémica a esconder-lhe parte do rosto, a caminhar e a ler.
Quando nos cruzámos, olhou para mim, talvez espantada, por perceber que olhava para ela e para o livro. Parecia uma jovem presa ao telemóvel, sem sequer olhar para o passeio. Felizmente era um livro que tinha nas mãos (devia ser dos bons...). Não a fotografei, porque dava demasiado nas vistas.
Pensei que não devia ligar aquele pormenor, até porque me cruzo com mais leitoras nos outros dias, que não têm livro como apelido.
E não devia mesmo, porque para mim todos os dias são dias do livro, menos o dia de hoje...
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)