quinta-feira, abril 03, 2025

Extremos que nunca se tocam (apesar do esforço de alguma comunicação social e de alguns governantes)


Tenho cada vez mais dificuldade em perceber a condescendência que existe para com a extrema-direita, de quase toda a gente, desde os presidentes da República e do Parlamento, passando e acabando numa comunicação social, cada vez mais permissiva e menos factual, que adora fazer comparações com uma esquerda, que nunca foi extrema.

Basta ter memória e revisitar a passagem dos partidos de esquerda pelo Parlamento, onde sempre respeitaram a Constituição e mantiveram uma postura  divergente mas digna para com os seus pares, o que não acontece com o Chega. 

Se se tem levantado tanta poeira em volta das duas mulheres grávidas despedidas pelo BE, imaginem se existisse neste partido (ou no PCP...) alguém pedófilo ou ladrão de malas... Provavelmente já tinham recolhido assinaturas para correr com eles do Parlamento...

O mais grave é sentirmos que esta dualidade de tratamento, já nem se disfarça. Rodrigues dos Santos,  é apenas um exemplo deste jornalismo televisivo, cada vez mais tendencioso.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


4 comentários:

  1. O extremismo político não se mede por boas maneiras mas sim pelo que se propõe alcançar em alteração do que a Constituição dita... ' visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa'.
    Foi-se o socialismo e ficaram 4 democracias para que tudo fique suficientemente obscuro!

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  2. Os casos do Chega não param de aparecer, mas, de facto, continua André Ventura a passar pelos pingos da chuva.
    Acrescento que o caso do PM se ele fosse de esquerda já era arguido!

    Abraço

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    Respostas
    1. Mas em nem que refiro aos casos, é à forma como quase "tudo lhes é permitido", Rosa.

      É um bocadinho como se olha para os tipos que chamamos "maluquinhos", não são para serem levados a sério... Mas já são cinquenta (acredito que vão ser menos depois das eleições...).

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