segunda-feira, maio 27, 2019

As Conversas de Segunda-Feira


Hoje durante o almoço falámos, naturalmente, das eleições. Da abstenção já crónica, mas também da tentativa, quase sempre frustrada, de "ninguém" ter o bom senso de admitir a derrota. Nem mesmo os partidos que traçaram objectivos claros (o CDS por exemplo além de querer o segundo deputado, queria muito ficar à frente de todos os partidos de esquerda...).

Mas também falámos do papel da televisão, nesta subida da percentagem da abstenção, que gosta mais de alimentar o "espectáculo" que a "informação". Infelizmente isso não acontece apenas nos canais mais populistas (CMTV e TVI), os outros (RTP e SIC), acabam por ir atrás, assim como os seus comentadores, alinhados com os interesses de quem lhes paga o lanche (o outro Luís, ingenuamente até foi capaz de dizer que alguns políticos que comentavam política e futebol o faziam de graça, a troco apenas de "tempo de antena". Claro que nenhum de nós foi na sua "cantiga"...). 

E se eu já sabia que o Fernando Rosas tinha muitos "ques" como historiador, acabei por juntar à minha "lista" mais três ou quatro episódios, pouco abonatórios, para quem investiga o século XX, oferecidos pelo Mário.

Mas a televisão alimenta-se sobretudo dos melhores comunicadores, que poucas vezes são os melhores jornalistas, historiadores ou políticos...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)

4 comentários:

  1. A televisão é espectáculo!

    Abraço

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  2. Sammy, o paquete28/05/19, 12:47

    A extrema-direita avança pela Europa fora.
    É o que apetece salientar nestas eleições, por todos os riscos dramáticos que isso trará.
    Por aqui, por este rectângulo, pouco há a acrescentar. Os erros não são de hoje.. Foram cometidos nos primeiros tempos de Abril. Demasiadas frentes face a quase meio século de cinzetismo, obscurantismo, muitos pedregulhos para pontapear nos caminhos, é certo, mas desprezámos a educação cívica. Parte da minha geração aprendeu algo com António Sérgio mas faltaram esse tipo de educadores, ainda faltam...
    Ficam os smartphones, os instragans, toda essa panóplia de instrumentos tecnológicos que, mais parecem estupidificar do que qualquer outra coisa...
    Em tempo: muito obrigado por passarmos a ser um outro largo do seu bairro.
    Abraço.

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    Respostas
    1. Mas nós somos um país especial, Sammy.

      A extrema-direita continua a marcar passo. Claro que se conseguirem chegar aos jovens, não haverá volta a dar...

      Pois, fizeram-se demasiadas coisas num curto espaço de tempo.
      Sim, as nossas grandes falhas foram no campo do civismo (sempre foram, conseguimos que se fosse deixando de cuspir e deitar papeis para o chão, mas sempre são processos lentos, que têm de partir dos nossos exemplos para com os nossos filhos).

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