Disseste-me que a última memória que tinhas da casa grande da aldeia era a janela da cozinha, de onde podias ver os animais que andavam à solta no pátio, mas também os moinhos de vento, que ainda rodavam e transformavam o trigo e o milho em farinha.
Sorri-te. Eu que até gosto de janelas, tinha a memória presa ao exterior, às fazendas do avô.
A nossa diferença é que tu visitavas a casa grande durante todo o ano e eu era sobretudo nas férias grandes que ficava na casa dos avós. Era Verão e eu queria era correr e saltar pelos campos, tomar banho no rio, e claro, fazer as patifarias que todos os putos fazem, visitando os pomares alheios (quase sempre sem precisão, apenas para cumprir a "má acção do dia"...
O óleo é de Alex Russel Flint.
É um privilégio ter tido avós com casas grandes a darem para pátios e de lá para os campos...
ResponderEliminarEu também tive esse privilégio...os meus netos não o terão!
Como sempre uma bela imagem!
Abraço
E é tão bom ter tido esta liberdade na infância, mesmo que só de férias.
ResponderEliminarBjs
Tão bom ter uma casa de avós para visitar. Minha avó que melhor conheci a Piedade, viveu na minha casa até à sua morte quando eu tinha 6 anos. Os pais da minha mãe, tinham sim uma casa de pedra na aldeia. Uma espécie de primeiro andar com uma loja por baixo (loja era como eles chamavam, mas na prática era o curral dos animais.) Só me lembro de lá ter ido uma vez que meus irmão tiveram tosse convulsa. De resto os pais nunca tinham dinheiro para a viagem. O que recordo melhor? O fogão feito no chão da cozinha, e a grande panela de ferro preto com três pés que a avó punha em cima do lume para cozinhar. Os grandes bancos corridos à volta da mesa, a avó teve 13 filhos, e as camas de casal em ferro com colchões de palha de milho (folhelho). No terreno em volta da casa, um poço um pessegueiro, uma cerejeira e 3 castanheiros. Não conheci nenhuma criança de lá e brincar só mesmo com os irmãos.
ResponderEliminarUm abraço e bom Domingo.
memórias da casa grande.
ResponderEliminartambém tenho!
:)
na infância é tudo grande, Rosa. :)
ResponderEliminare ainda bem...
sim, falta de liberdade não é coisa que tenha sentido, nunca, Rita.
ResponderEliminarfelizmente.:)
olá Inês. :)
ResponderEliminarera um tempo em que a família era importante e a casa dos avós estava sempre farta de gente, Elvira.:)
ResponderEliminarda casa grande e de tantas outras coisas grandes para nós, ainda pequenos, Piedade. :)
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