sexta-feira, maio 16, 2014

A Nossa Atracção Pelo Abismo


Estive com o Gui na semana passada, que passou por cá apenas para matar saudades,  de passagem para o Festival de Cannes.

Falámos de muitas coisas, como de costume.

Ele ainda não está totalmente adaptado ao Brasil. Diz mesmo que nunca se habituará aquele tipo de violência, em que se mata por um tostão furado, ao pouco valor que se dá à vida humana. E pensa que a organização do Mundial foi um erro que poderá ter consequências graves. Acha mesmo que há mais pessoas contra que a favor, apesar do Brasil ser o país do futebol...

Mesmo com todas estas coisas, Gui não sente saudades do nosso país, pelo menos para trabalhar. Continua a fazer o que gosta e faz melhor, o que talvez não fosse possível entre nós.

E também continua sem perceber muito bem o porquê da nossa atracção pelo abismo.

Da mesma forma que não percebe como é que votamos sempre nos mesmos políticos, com provas dadas da sua incompetência.

Desafiou-me a votar no Coelho da Madeira ou no Marinho Pinto para as europeias, por saber que não embarco nessas provocações...

4 comentários:

  1. ~
    ~ Os portugueses são fidelíssimos.
    ~ Tratam a política como o futebol, vestem a camisola e é para toda a vida.

    ~ ~ ~ Excelente fim de semana. ~ ~ ~

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  2. Tem toda a razão, o Gui.
    Um abraço, Luís.

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  3. não sei se é fidelidade, Majo.

    há também um pouco de medo da mudança, do deixa andar.

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  4. em algumas coisas tem, Graça.

    mas espero que o mundial corra bem. ela fala assim porque não acha piada ao futebol.

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