E não é o facto de um partido ter agora sessenta deputados no parlamento, que fica com mais legitimidade para dizer e fazer tudo o que lhe apetece. Deveria ser sim, mais responsável. Mas isso é pedir quase o impossível, como se percebeu pelos comentários xenófobos, provocadores e ignorantes de alguns deputados da extrema-direita, em relação aos discursos de Marcelo Rebelo de Sousa e de Lídia Jorge durante a cerimónia comemorativa de Lagos.
Mas o pior ainda estava para acontecer, em Santos, com agressões cobardes a actores que fazem parte do elenco da peça, Amor é um fogo que arde sem se ver, da companhia de teatro a Barraca, por um grupo de "neo-nazis".
Se em relação aos deputados, parece não haver muito a fazer, já em relação às agressões, ainda somos um Estado de direito, e quem agride de forma gratuita tem de ser severamente punido.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Já há uma carta a circular no Facebook a criticar o discurso de Lídia Jorge.
ResponderEliminarO pretenso autor diz-se homem de 84 anos, de mãos calejadas e de poucas letras, o que contraria o teor da carta.
Como é possível fabricarem logo uma polémica?
Quanto aos agressores, esperemos que sejam punidos.
Abraço
O nosso país sempre foi "especial de corrida", Rosa, agora ainda é mais, com tanto cromo, que nem sabe ser racista...
EliminarO discurso da ficcionista Lídia Jorge é real ou ficção?
ResponderEliminarNão sei o que é que queres dizer com isso, Severino.
EliminarNa verdade, somos feitos de uma série de misturas de povos que passaram pela península e sempre convivemos de forma aberta com os outros povos do mundo, tanto em África como na Ásia.
E devemos ter orgulho em ser todas essas coisas, porque "raças puras" só existem na cabeça dos tais ficcionistas de que falas. O que não foi o caso da Lídia Jorge, no seu discurso.
Claro que quem pensa que pertence a uma "raça superior" não deve achar piada a estas "misturadas".